Quinta-Feira, 28 de Março de 2024
Oídio (Oidium sp.)

Hospedeiro: Sechium edule L. (chuchu)

Agente causal: Oidium sp. (Oídio)

Etiologia: causada pelo fungo Oidium sp., a doença afeta Cucurbitáceas cultivadas e selvagens, em todo o mundo. Muitos trabalhos apontam apenas Podosphaera xanthii como sendo o teleomorfo de Oidium sp. nas condições brasileiras. O fungo é um ectoparasita obrigatório cujo micélio cresce na superfície do hospedeiro, produz conídios em forma de barril, unicelulares, hialinos, catenulados (em cadeia), sobre conidióforos curtos e não ramificado.
Os conídios são facilmente disseminados pelo vento e podem germinar mesmo em condições de baixa umidade. Chuvas pesadas são prejudiciais ao fungo, pois lavam os conídios e danificam os conidióforos e o micélio. A presença de água na superfície das plantas impede a germinação dos conídios, embora não tenha tanta importância quando a infecção já se iniciou.

Sintomas: A doença caracteriza-se pela formação de uma massa pulverulenta branca em ambas as faces das folhas, constituída de micélio, conidióforos e conídios do fungo. Com o tempo o tecido afetado torna-se amarelecido podendo secar. Ataques severos podem provocar desfolha intensa da planta. Num estádio avançado, constatam-se nessas áreas a formação de pequenos pontos escuros que correspondem a picnídios do fungo Ampelomyces quisqualis, um hiperparasita de Oidium sp.

Importância: ataques severos podem provocar desfolha intensa da planta. A doença é favorecida por períodos secos e de temperaturas amenas. A doença desenvolve-se preferencialmente em tempo seco, conseguindo alastrar-se mesmo com baixa umidade relativa do ar e temperatura amena.

Ocorrência: No Brasil, a doença ocorre principalmente na região sudeste.

Manejo: Entre as medidas recomendadas para o manejo da antracnose destacam-se: plantio em local arejado, evitando-se áreas muito úmidas; rotação de cultura por 2 a três anos; eliminação e destruição de restos culturais; adubação equilibrada e evitar irrigações excessivas. Não existem fungicidas registrados para o controle do oídio na cultura do chuchuzeiro.

Referência consultada

KUROZAWA, C.; PAVAN, M.; REZENDE, J.A.M. Doenças das Cucurbitáceas. In: Kimati, H; Amorin, L.; Resende, J.A.M. Bergamin Filho, A; Camargo, L.E.A. (Eds.) Manual de Fitopatologia – Doenças das plantas cultivadas. São Paulo: Agronômica Ceres, 2005. v. 2, 293-302.

LOPES, J.F. Cultivo do (Sechium edule Sw.). Brasília: Instruções Técnicas do Centro Nacional de Pesquisa de Hortaliças, 1996, 10p.

REGO, A.M.; CARRIJO, I.V. Doenças das Cucurbitáceas. In: Zambolim, L.,;Vale, F. X. R.; Costa, H. (Eds) Controle de doenças de plantas – hortaliça. Viçosa: UFV, 2000, p.535-597.

RUÍZ, J.R.D; JIMÉNEZ, J.G. Enfermidades de las cucurbitáceas en España. Madrid: Graficas Papallona. p. 93-98, 1994.

ZITTER, T. A.; HOPKINS, D. L.; THOMAS C. E. Compendium of cucurbit diseases. APS Press, St. Paul, Minnesota, 1996, 90 p.

Autores: Ricardo J. Domingues; Jesus G. Tofoli, Instituto Biológico
E-mail: ricardo.domingues@sp.gov.br
 
Publicado em: 29/03/2016
Atualizado em: 29/03/2016
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