Sábado, 27 de Abril de 2024
Bolor verde (Penicillium digitatum)

Hospedeiro principal: Laranja doce (Citrus sinensis (L.)Osbeck

Agente causal: Penicillium digitatum Sacc.

Nome comum: Bolor Verde

Etiologia: Este fungo produz inúmeros esporos que sobrevivem nos pomares em frutos infectados e são disseminados,facilmente,nos galpões de embalagem, câmaras de armazenamento, veículos de transporte, embalagens e locais de comercialização.Os esporos(conídios) são unicelulares esféricos, catenulados, produzidos na extremidade de ramificações de conidióforos típicos do gênero, lembrando uma vassoura. P. digitatum penetra a casca dos frutos desenvolve mais rapidamente a 24°C e mais lentamente acima de 30°C e abaixo de através de ferimentos,causados por danos físicos e/ou por distúrbios fisiológicos, originados por chilling injury e oleocelose, e microfissuras na região peduncular. O bolor verde se 10°C, sendo completamente inibido a 1°C.
O processo de desverdecimento, com exposição prolongadados frutos ao etileno, favorece o desenvolvimento da doença.

Sintomas: Os sintomas iniciais são semelhantes aos do bolor azul (P. italicum), aparecendo como uma mancha mole, aquosa, ligeiramente descolorida, que na sequência, é recoberta pelo micélio branco e esporos de coloração verde-oliva são produzidos. A área de esporulação é circundada por um halo de micélio branco e outro de aspecto aquoso. Com o desenvolvimento da podridão, o fruto inteiro é tomado por uma massa de esporos, facilmente dispersos pelo movimento do ar.

Importância econômica: Na maioria dos países produtores de frutos cítricos, o bolor verde é a principal e mais séria doença pós-colheita.

Ocorrência: generalizada nos países produtores de frutos cítricos.

Manejo: A melhor forma de controlar a doença é pela integração de vários métodos. A começar por medidas preventivas no pomar, que deve ser limpo de restos de cultura, bem arejado e com tratamento fitossanitário adequado. Os frutos devem ser colhidos e transportados, cuidadosamente, para evitar danos mecânicos. Recomenda-se a higienização periódica de utensílios, bins, esteiras, galpão de embalagem, câmaras de armazenamento e veículos, a fim de reduzir a carga microbiana. A sanitização inicial dos frutos pode ser feita com detergente neutro e produtos à base de cloro, se necessário, realizar aplicação de fungicidas registrados (imazalil, thiabendazole). Consultar o AGROFIT/MAPA.
Há muitos estudos que mostram a eficiência de métodos físicos, de produtos alternativos (extratos de plantas, aditivos alimentares) e do controle biológico sobre o bolor verde.Imediatamente, após a embalagem, recomenda-se o resfriamento dos frutos para reduzir o desenvolvimento de podridões.

Referência consultada

AGROFIT/MAPA – Sistema de AgrotóxicosFitossanitários. Disponível em: http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons.
Acesso em 03 de junho de 2014.
FRANCO, D.A.S.; BETTIOL, W. Efeito de produtos alternativos para o controle do bolor verde (Penicillium digitatum) em pós-colheita de citros. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 24, n. 2, p. 569-572, 2002.
PALOU, L.; SMILANICK, J.L.; DROBY, S. Alternatives to conventional fungicides for the control of citrus postharvest green and blue moulds.Stewart Postharvest Review, v.2, n.2, p.1-16, 2008.
WHITESIDE, J.O.; GARNSEY, S.M.; TIMMER, W. (ed.). Compendium of citrus diseases. St. Paul, APS, 1989. 80p.

Autor: Eliane Aparecida Benato, Instituto Agronômico
E-mail: ebenato@iac.sp.gov.br

 
Publicado em: 04/03/2016
Atualizado em: 29/04/2016
Clique na imagem para ampliar
  Instituto Biológico
  Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, 1252
  Vila Mariana - - CEP 04014-002- São Paulo - SP - Brasil
  (11) 5087-1700
                                                                                                         Número de visitas:
                                                                                                                   13.527