Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024
CMV (Cucumber mosaic virus )

Hospedeiro: Catharanthus roseus (vinca).

Agente causal: Cucumber mosaic virus (CMV), gênero Cucumovirus, família Bromoviridae

Etiologia: O CMV é uma das quatro espécies do gênero Cucumovirus, família Bromoviridae. O vírus é constituído por 3 RNAs, de fita simples, senso positivo e as partículas apresentam morfologia isométrica, com cerca de 30nm de diâmetro.

Sintomas: Os sintomas associados ao CMV em vinca são mosaico, deformação e bolhosidades foliar. Nas flores induz a quebra na coloração das pétalas.

Importância: O CMV possui um amplo círculo de hospedeiras, incluindo mais de 1200 espécies distribuídas em mais de 100 famílias de dicotiledôneas e monocotiledôneas. O vírus infecta diversas hortaliças, como pepino, abóbora, alface, feijão e pimentão. Também é descrito em espécies ornamentais, como alamanda, sálvia, crisântemo, lisianto, comelina, entre outras. Dependendo da hospedeira, o CMV pode causar necrose e até nanismo, diminuindo a qualidade ou produção. Cabe destacar que Catharanthus é um gênero introduzido e está plenamente adaptado as condições climáticas do Brasil. Além de ser utilizada como ornamental, C. roseus produz dois importantes glicosídeos utilizados na industria farmacêutica: leucocristina e vincristina.

Ocorrência: O sintoma de mosaico já foi associado ao CMV em amostras de vinca proveniente de Campinas em 1983. Posteriormente, em 1992, foi descrito em São Paulo e também em São José do Rio Preto, em 1994. Recentemente, foi detectado em plantas de vinca, provenientes de Taubaté, SP, apresentando, além de mosaico, deformação foliar, bolhosidades e quebra na coloração das flores.

Manejo: A vinca é bastante cultivada em jardineiras ou canteiros e é facilmente perpetuada por sementes, que pode ser uma das formas de transmissão do vírus. Porém, a forma mais eficiente de disseminação ocorre por meio de transmissão por afídeos, de maneira não persistente. Portanto, é aconselhável o uso de sementes e mudas livres de vírus, a eliminação de plantas com sintomas e dos afídeos vetores.

Referência consultada

COSTA, A.S. Tornou-se rara a ocorrência do vírus do mosaico do pepino em plantações de alface e tomate no Estado de São Paulo. Summa Phyotopathol, 9: 39, 1983.

DUARTE, L.M.L. et al. Infecção natural de Catharanthus roseus (L.) G. Don por vírus. Resumos da 5ª RAIB, p. 3, 1992.

ESPINHA, L.M.; SCAGLIUSI, S.M.M.; GASPAR, J.O. Infecção natural de Catharanthus roseus (L.) G. Don (Vinca rosea) pelo vírus do mosaico do pepino. Fitopatol Bras, 19: 307, 1994.

PALUKATIS, P. & GARCIA-ARENAL, F. Cucumber mosaic virus. Descriptions of Plant Viruses, 400, 2003.

Autores: Ligia Maria Lembo Duarte, Maria Amélia Vaz Alexandre & Alexandre Levi Rodrigues Chaves, Instituto Biológico
E-mail: ligia.duarte@sp.gov.br

 
Publicado em: 01/03/2016
Atualizado em: 01/03/2016
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