Quarta-Feira, 24 de Abril de 2024
CMV (Cucumber mosaic virus)

Hospedeiro: não há hospedeiro principal pois, o CMV tem uma vasta gama de hospedeiros, incluindo espécies e cultivares de Alstroemeria (alstroeméria), Alstroemeriaceae.

Agente causal: Cucumber mosaic virus (CMV), gênero Cucumovirus, família Bromoviridae.

Etiologia: o CMV é considerado uma das espécies de vírus mais importantes em culturas comerciais de hortícolas. As partículas virais isométricas, com 30 nm de diâmetro, encerram 3 segmentos de RNA de fita simples de senso positivo que constituem o seu genoma. O CMV infecta o maior número de espécies vegetais dentre os vírus de plantas. Este vírus já foi relatado em mais de 1200 espécies de mais de 100 famílias botânicas, incluindo, por exemplo, hortaliças, frutíferas, ornamentais e plantas da vegetação espontânea. Esta espécie viral é transmitida de modo não-persistente por mais de 80 espécies de afídios, destacando-se Myzus persicae e Aphis gossypii, os quais transmitiram CMV entre plantas de alstroemérias. A transmissão de CMV por sementes de alstroemérias ocorre em alguns cultivares.

Sintomas: em alstroemeria o CMV pode induzir mosaico, necrose, faixas cloróticas, afilamento de folhas e pétalas.

Importância: não há relatos da importância econômica dos danos causados pelo CMV em cultivos comerciais de alstroemérias. Entretanto, dependendo do cultivar da alstroeméria, o CMV pode causar sintomas drásticos que inviabilizam a comercialização tanto da planta envazada como da flor de corte.

Ocorrência: o CMV, em Alstroemeria sp., foi relatado na Brasil, Holanda, Índia, Itália, Japão, Nova Zelândia e Reino Unido. Por outro lado, o CMV possui distribuição mundial.

Manejo: A multiplicação vegetativa através de rizomas de alstroemérias e a eficiente transmissão do CMV por afídeos podem ser consideradas fatores para a manutenção do vírus na cultura. A disseminação do CMV em cultivos comerciais de alstroemérias pode ser reduzida ou até evitada adotando-se procedimentos como a eliminação de plantas da vegetação espontânea que são hospedeiros naturais do vírus, como espécies de Commelina e Tradescantia (trapoeraba); remoção de plantas sintomáticas da área de cultivo; utilização de material propagativo isento de vírus e controle da população de pulgões dentro e fora da cultura.

Referência consultada

BELLARDI, M.G.; BERTACCINI, A. Seed transmission of cucumber mosaic virus in Alstroemeria. Phytopathologia Mediterranea, v.36, p.159-162, 1997.

PALUKAITIS, P.; GARCÍA-ARENAL, F. Cucumber mosaic virus. Descriptions of Plant Viruses, n.400, 2013. Disponível em: http://www.dpvweb.net/dpv/showdpv.php?dpvno=400. Acesso em 2 dez 2015.

VERMA, N.; SINGH, A.K.; SINGH, L.; RAIKHY, G.; KULSHRESTHA, S.; SINGH, M.K.; HALLAN, V.; RAM, R.; ZAIDI, A.A. Cucumber mosaic virus (CMV) infecting Alstroemeria hybrids in India. Australasian Plant Pathology, v.34, p119-120, 2005.

Autor: Eliana Borges Rivas, Instituto Biológico
E-mail: eliana.rivas@sp.gov.br

 
Publicado em: 12/04/2016
Atualizado em: 12/04/2016
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