Hospedeiros: Saccharum officinarum e S. spontaneum L. (Poaceae)
Etiologia: a mancha parda é causada pelo fungo Cercospora longipes E.J. Buther (1906), Ascomycetos, Mycosphaerellales.
O fungo produz conidióforos em fascículos, emergentes dos estômatos e de coloração marrom em ambos os lados da folha. Os conídios são hialinos, obclavados, retos ou ligeiramente curvos, com 1 a 9 septos e hilo espessado.
Os esporos são disseminados por vento, chuvas ou restos de folhas infectadas. Os sintomas podem ser observados ao longo do ano, mas são mais evidentes, após chuvas pesadas combinadas com alta umidade e temperaturas amenas.
Sintomas: ocorrem em folhas maduras sob a forma de manchas castanho-alaranjadas, que evoluem para lesões elípticas, marrom-avermelhadas, frequentemente envolvidas por halo clorótico. As lesões variam em tamanho de 5 a 13 mm de comprimento e 1 a 3 mm de largura e, quando em grande número, provocam a morte prematura das folhas. Lesões de mancha parda podem ocorrer na mesma folha onde aparecem lesões de ferrugem alaranjada causada por Puccinia kuhenii.
Importância: A mancha parda é uma das doenças de maior ocorrência no Brasil, sendo muito severa quando folhas bem novas são infectadas e destruídas precocemente. Nessas situações, devido à redução da área fotossintética foliar, há um decréscimo no teor de sacarose do colmo.
Ocorrência:ocorre m todos os países produtores de cana-de-açúcar.
Manejo: uso de variedades resistentes.
Referência consultada
FERRARI et al. Ferrugem alaranjada da cana-de-açúcar, Documento Técnico, 005
p.1-8, 2010. Disponível em: http://www.biologico.sp.gov.br/docs/dt/ferrugem_cana.pdf
TOKESHI, H. Doenças da cana-de-açúcar. In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; BERGAMIN FILHO, A.; CAMARGO, L. E. A.; REZENDE. Manual de Fitopatologia: volume 2: Doenças das plantas cultivadas. São Paulo: CERES, 1997.
Autor: Josiane Takassaki Ferrari, CPSV, Instituto Biológico
E-mail: josiane.ferrari@sp.gov.br