Sábado, 20 de Abril de 2024
TSWV (Tomato spotted wilt virus )

Patógeno: Tomato spotted wil tvirus (TSWV)

Hospedeiros: Eucharis grandiflora (lírio-do-Amazonas), família Amaryllidaceae (antiga Liliaceae) e diversas espécies de Solanaceae.

Etiologia: O Tomato spotted wilt virus (TSWV) é uma espécie definitiva pertencente ao gênero Tospovirus, família Bunyaviridae. As partículas virais são pleiomórficas com cerca de 70 - 90nm de diâmetro e com envelope lipídico. O genoma é tripartido, constituído pelos segmentos S (small: ambisenso), M (medium: ambisenso) e L (large:negativo). No Brasil, a transmissão dos tospovírus está relacionada com cinco espécies de tripes restritas à dois gêneros (Frankliniella occidentalis, F. schultzei, F. zucchini, Thrips palmi e T. tabaci). A transmissão, de modo circulativo propagativo, somente ocorrerá quando a aquisição do vírus for realizada durante as duas primeiras fases larvais, com consequente replicação dentro do tripes, o que permitirá a transmissão por toda a vida do inseto.

Sintomas: Plantas de Eucharis naturalmente infectadas por TSWV apresentam folhas com manchas e anéis cloróticos.

Importância: Em termos globais, o TSWV está classificado entre os 10 mais importantes vírus para a agricultura. Induz sintomas que inviabilizam a comercialização de espécies ornamentais como Eucharis grandiflora, planta perene nativa do Brasil, Colômbia e Peru. Apesar da inexistência de dados oficiais sobre perdas, observou-se em uma área produtora no estado de São Paulo, que cerca de 60% das plantas apresentavam sintomas.

Ocorrência: O TSWV foi relatado, pela primeira vez, no Brasil, em plantas de Eucharis grandiflora provenientes de Atibaia (SP). Não há, até o momento, nenhuma informação sobre sua ocorrência em outros estados do Brasil.

Manejo: Considerando-se que as plantas de lírio-do-Amazonas são propagadas vegetativamente, recomenda-se o uso de bulbos livres de vírus que podem ser obtidos por meio de cultura de meristemas. Outro ponto importante é a relação de transmissão entre Tospovirus e o vetor no qual o vírus se multiplica tornando-se, portanto, um reservatório viral, assim como as hospedeiras daninhas. Para eliminar/reduzir a fonte de inóculo, recomenda-seo monitoramento do vetor e a incineração das plantas cultivadas ou daninhas com sintomas.

Referência consultada

ALEXANDRE, M. A. V. et al. Amazon lily: a new natural host of Tomato spotted wilt virus. New Disease Reports, v.30, p. 13, 2014. Doi. 10.5197/j.2044-0588.2014.030.013

BRUNT, A. A. et al. Viruses of Plants. Descriptions and Lists from VIDE Database. 1996. CAB International, Cambridge, UK.

NAGATA, T. et al. The competence of four thrips species to transmit and replicate four tospoviruses. Plant Pathology, v.53, p.136-140, 2004. DOI: 10.1111/j.1365-3059.2004.00984.x

Autor: M. Amélia V. Alexandre; Lígia M. L. Duarte; Alexandre L. R. Chaves, Instituto Biológico
E-mail: maria.alexandre@sp.gov.br

 
Publicado em: 21/03/2017
Atualizado em: 21/03/2017
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