Sexta-Feira, 29 de Março de 2024
TCSV (Tomato chlorotic spot virus )

Patógeno: Tomato chlorotic spot virus (TCSV)

Hospedeiro: Mirabilis jalapa (maravilha), Nyctaginaceae

Etiologia: O Tomato chlorotic spot virus (TCSV) é uma espécie definitiva pertencente ao gênero Tospovirus, família Bunyaviridae. O genoma é constituído por RNA ambi-sense, tripartido (segmentos S, M, L) e as partículas virais são pleiomórficas com cerca de 90nm de diâmetro e com envelope lipídico. No Brasil, a transmissão dos tospovírus está relacionada com cinco espécies de tripes restritas à dois gêneros (Frankliniella occidentalis, F. schultzei, F. zucchini, Thrips palmi e T. tabaci). A transmissão somente ocorrerá quando a aquisição do vírus for realizada durante as duas primeiras fases larvais, com consequente replicação dentro do tripes, o que permitirá a transmissão por toda a vida do inseto.

Sintomas: Ramos de maravilha naturalmente infectados apresentam folhas com mosaico. Plantas experimentalmente inoculadas mostram, além de mosaico foliar, necrose inclusive no caule.

Importância: O TCSV ocorre frequentemente em cultura de solanáceas (tomate, berinjela, pimentão, jiló e alface) e em plantas ornamentais como lisianto (Eustoma), pervinca (Cataranthus), cactos (Schlunbergera), comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia). A descrição de TCSV infectando naturalmente maravilha é recente e, até o momento, somente relatado no Brasil. Cabe resultar que o isolado brasileiro de TCSV (isolado Mirabilis) apresentou um círculo de hospedeiros experimentais restrito a plantas de maravilha.

Ocorrência: O TCSV foi relatado, pela primeira vez, em plantas de maravilha em 2015, em São Paulo (SP). Não há nenhuma informação sobre sua ocorrência em outros estados do Brasil e não há dados sobre perdas.

Manejo: O vírus é eficientemente transmitido por F. schultzei e o controle do vetor com inseticidas não é muito eficaz, caso haja alta incidência populacional. Assim, deve-se eliminar a fonte de inóculo, destruindo por incineração plantas infectadas.

Referência consultada

DUARTE, L. M. L. et al. First report of Tomato chlorotic spot virus on Mirabilis jalapa. Australasian Plant Dis. Notes. On line 11: 6, 2015. DOI 10.1007/s13314-016-0193-6.

EIRAS, M. et al. First report of a tospovirus in a commercial crop of Cape gooseberry in Brazil. New Dis. Rep. v. 25, p. 25, 2012.

NAGATA, T. et al. Occurrence of different tospoviruses in six states of Brazil. Fitopatologia Brasileira, v. 20 p. 90–95, 1995.

Autor: Ligia M. L. Duarte; M. Amélia V. Alexandre; Alexandre L.R. Chaves, Instituto Biológico
E-mail: ligia.duarte@sp.gov.br

 
Publicado em: 21/03/2017
Atualizado em: 21/03/2017
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