Patógeno: Chrysanthemum stem necrosis virus (CSNV)
Hospedeiro: diversos híbridos de Senecio cruentus, Chrysanthemum sp., Gloxinia sp., entre outras.
Etiologia: O Chrysanthemum stem necrosis virus (CSNV) é uma espécie tentativa do gênero Orthotospovirus (antigo Tospovirus), família Tospoviridae, ordem Bunyavirales. O genoma é constituído por RNA fita simples,ambi-sense, tripartido (segmentos S, M, L) e as partículas virais são pleiomórficas com cerca de 90nm de diâmetro e com envelope lipídico. Os orthotospovírus são transmitidos por espécies de tripes (Thrips sp. e Frankliniella sp.), onde também se replicam. Porém, a aquisição do vírus ocorre ainda na fase larval e a transmissão ocorre por toda a vida do inseto.
Sintomas: Plantas naturalmente infectadas apresentam, inicialmente,folhas com clareamento de nervuras. Posteriormente, os sintomas foliares evoluem para mosaico, deformação e bolhosidades.
Importância: Os tospovírus infectam um grande número de plantas cultivadas, dentre as quais espécies ornamentais, incluindo-se as asteráceas, causando sintomas muitas vezes drásticos o que inviabiliza a sua comercialização. No Japão, por exemplo, o CSNV causou grandes prejuízos à cultura de crisântemo. Não há dados de perdas no Brasil, embora o vírus já tenha sido descrito em diversos estados. Atualmente, o CSNV é considerado um vírus emergente em todo o mundo, já tendo sido relatado também em outras plantas ornamentais como Gerbera sp. (gérbera), Callistephus chinensis (rainha-margarida) da família Asteraceae e Eustoma grandiflorum (Gentianaceae). Convém salientar que já foi relatada infecção dupla por duas espécies de tospovírus: CSNV + Tomato spotted wilt virus (TSWV).
Ocorrência: O vírus foi descrito na década de 1990, pela primeira vez, em Chysanthemum morifolium (crisântemo) no Brasil. Posteriormente foi relatado em outros países como Inglaterra, Holanda, Eslovênia e Japão
Manejo: O vírus é eficientemente transmitido por tripes e o controle do vetor com inseticidas não é muito eficaz. Assim, deve-se eliminar a fonte de inóculo, destruindo a planta infectada por incineração.
Referência consultada
DUARTE, L.M.L. et al. Chrysanthemum stem necrosis caused by a possible by a possible novel Tospovirus. J. Phytopath., v. 143, p. 569-571, 1995.
TAKESHITA, M. et al. Molecular and biological characterization of Chrysanthemum stem necrosis virus isolates from distinct regions in Japan. Eur J Plant Pathology. v. 131, p. 9–14, 2011 (DOI 10.1007/s10658-011-9797-z).
Autor: M. Amélia V. Alexandre; Ligia M. L. Duarte, Instituto Biológico
E-mail: maria.alexandre@sp.gov.br