Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024
PLRV - Vírus do enrolamento da folha da batata (Potato leafroll virus)

Hospedeiros: Solanum tuberosum, Physalis floridana, Gomphrena globosa, Amaranthus caudatus

Etiologia: O vírus do enrolamento da folha da batata ou Potato leafroll virus – PLRV, foi descrito inicialmente na Holanda em 1916 em plantas de batata. Trata-se de um vírus de planta do gênero Polerovirus da Família Luteoviridae. É um patógeno com cerca de 24 nm de diâmetro, partícula isométrica constituída de RNA. Não é transmitido por inoculação mecânica, depende de insetos vetores.

Sintomas: A sintomatologia apresentada na infecção primaria consiste tipicamente em amarelecimento e em alguns cultivares em avermelhamento nas folhas do topo que em grande maioria dos casos se enrolam. Os sintomas de infecção secundária, ou seja, em plantas que são oriundas de tubérculos infectados são nanismo nos brotos e enrolamento dos folíolos superiores especialmente nas folhas mais baixas, desenvolvendo o chamado “pinheirinho”. Também podem apresentar necrose nas margens das folhas. Trata-se de um vírus de floema Importância: causa perdas economicamente importantes na produção de batata em diversos países do mundo.

Ocorrência: Ocorre em todos os países onde se realiza o plantio de batata. Transmissão: Sua transmissão se dá exclusivamente por ferramentas empregadas em trato cultural, enxertia (laboratório) e principalmente de maneira circulativa propagativa por afídeos (Myzus persicae e Macrosiphum euphorbiae). Este fato se explica pela relação do patógeno com a planta hospedeira que se associa aos tecidos de floema. Outros métodos de propagação muito comuns em campo são restos culturais que perpetuam as fontes de inoculo, além de tubérculos infectados que são armazenados, a baixas temperaturas (aproximadamente 4ºC) que podem ser utilizados em plantios posteriores e com o patógeno ativo por mais de um ano.

Manejo: devido a sua disseminação de caraterística circulativa propagativa os períodos de acesso à aquisição e a transmissão devem ser mais prolongados, quando comparados com os períodos envolvidos na transmissão do PVY. Este fato favorece os inseticidas tornando-as mais efetivas contra as populações de afídeos, desde que sempre muito bem monitoradas. A principal forma de transmissão se dá graças aos insetos que colonizam a cultura. Entre as formas de reduzir a disseminação do PLRV se destacam o desbaste (arranque) de plantas manifestando sintomas de etiologia viral e o uso de sementes certificadas a colheita realizada precocemente ajuda na prevenção tardia na safra.

Referência consultada

BASKY, Z. The relationship between aphid dynamics and two proeminent potato viruses (PVY and PLRV) in seed potatoes in Hungary. Crop Protection, v.21(9), p. 823-827, 2002.

BASKY, Z. Virus vector aphid activity and seed potato tuber virus infection in Hungary. J. Pest Science, v. 76, p. 83 – 88, 2003.

COSTA, C.L. Vetores de vírus de planta -1. Insetos. Revisão Anual de Patologia de Plantas, v. 6, p.103-171, 1998.

SALAS, F.J.S.; TOFOLI, J.G. (Eds.) Cultura da batata: pragas e doenças. São Paulo: Instituto Biológico, 2017. 241 p.: il.

SOUZA DIAS, J.A.C. Viroses de batata e suas implicações na produção de batata-semente no Estado de São Paulo. Summa Phytopathologica, v.21, n. 3/4, p. 264-266, 1995.

Autores: Fernando Javier Sanhueza Salas; Thiago Pap, Instituto Biológico
E-mail: fernando.salas@sp.gov.br

 
Publicado em: 20/10/2017
Atualizado em: 20/10/2017
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