Terça-Feira, 23 de Abril de 2024
PVX - Vírus X da batata (Potato virus X )

Hospedeiros: Solanum tuberosum, Nicotiana tabacum, Datura stramonium, Gomphrena globosa, além de 240 espécies de 16 famílias.

Etiologia: Sua primeira descrição data de 1931 no Reino Unido e é o membro tipo da Família Potexvirus. Trata-se de um fitovírus com partículas filamentosas com aproximadamente 513 nm de comprimento e 13 nm de largura, é um vírus monopartido de RNA simples, pertencente a família Alphaflexiviridae. Seu círculo de hospedeiras formado por plantas da família Solanaceae, contudo pode infectar outras 15 famílias botânicas.

Sintomas: Por se tratar de uma doença de etiologia viral que manifesta, em plantas de batata, sintomas muito brandos ou simplesmente não apresenta sintomas é denominado ‘vírus latente’. No entanto, pode apresentar sintomas mais evidentes a temperaturas que variam de 16 a 220 ºC.

Importância: No entanto, a presença do vírus associado a outros (PVY, PVS e PLRV), que são normalmente encontrados em campos de plantio, causa um efeito sinérgico, ou seja, intensificam os sintomas e resultam em uma drástica redução na produção.

Ocorrência: A sua distribuição geográfica é mundial em áreas onde se cultiva batata, este é um fator importante na epidemiologia do patógeno visto que pelo fato de não ser notado em campo não é detectado.

Transmissão: A transmissão do vírus se dá apenas por contato, seja entre plantas ou no trato cultural. Há relatos de transmissão por gafanhotos e por fungos.

Manejo: O método mais efetivo para controle do vírus é o plantio de batata-semente certificada. A disseminação é favorecida através de maquinas e ferramentas contaminadas empregadas no trato cultural, principalmente na repicagem para obtenção de brotos na produção de batata-semente. Para evitar este tipo de disseminação é aconselhável a desinfecção das ferramentas, a redução do trânsito dentro da cultura e o desbaste das plantas infectadas. O emprego de variedades resistentes ao PVX também tem importante valor no controle do patógeno.

Referência consultada

ÁVILA, A.C. et al. Ocorrência de vírus em batata em sete estados do Brasil. Horticultura Brasileira, 27: 490-497.

BOKX, J. A. de; WANT, J. P. H. van der. Viruses of potatoes and seed-potato production. Wageningen: Pudoc, 1987. 259 p.

SALAS, F.J.S.; TOFOLI, J.G. (Eds.) Cultura da batata: pragas e doenças. São Paulo: Instituto Biológico, 2017. 241 p.: il.

SILVA, O. A.; PINTO, C. A. B. P.; FIGUEIRA, A. R. Identificação de clones de batata imunes ao PVX e PVY, adaptados à região Sul de Minas Gerais. Summa Phytopathologica, Piracicaba, v. 26, n. 4, p. 297-300, 2000

SILVA, O. de A. et al. Caracterização biológica de onze isolados de PVX (Potato virus X) do Brasil. Ciênc. Agrotec. [online]. 2005, vol.29, n.3 [cited 2017-10-18], pp.521-527.

SINGH, R. Use of Datura metel L. as a local lesion host for potato virus X. American Potato Journal, Orano, v. 46, p. 355-357, 1969.

Autores: Fernando Javier Sanhueza Salas; Thiago Pap, CPSV, Instituto Biológico
E-mail: fernando.salas@sp.gov.br

 
Publicado em: 18/10/2017
Atualizado em: 18/10/2017
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