Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024
Ferrugem (Uromyces alstroemeriae )

Hospedeiros: Alstroemeria aurantiacea (nativa do Chile), A. isabelleana, A. revoluta, A. inodora, A. subrosulacea, A. cariophyllea (nativa do Brasil), A. nemorosa. É conhecida popularmente por astromélia, astroméria, carajuru, lírio-de-luna, lírio-dos-incas, lírio-peruviano, lírio miniatura, madressilva-brasileira, madressilva-da-terra, madressilva-de-canteiro ou orquídea do campo. É um gênero sul-americano da Família Alstroemeriaceae com cerca de 50 espécies.

Etiologia: a ferrugem é causada pelo fungo Uromyces alstroemeriae Diet (P.) Henn. Os uredínios são hipófilos, erumpentes, dispersos ou em grupos que são freqüentemente limitado pelas nervuras principais da folha. A ferrugem é favorecida por umidade acima de 60% e temperaturas amenas em torno de 18 a 22°C. Como fungo anemófilo, os urediniosporos de U. alstroemeriae são facilmente transportados pelo ar e ação de ventos, disseminando-se rapidamente na cultura. O cultivo protegido e com o uso de irrigação por aspersão favorece a germinação dos urediniosporos e penetração do patógeno.

Sintomas: os primeiros sintomas são observados na parte inferior das folhas�e progridem para os tecidos superiores. Inicialmente o fungo induz ao aparecimento de pequenas pontuações nas folhas mais jovens e posteriormente evoluem para pústulas pulverulentas. Com o coalescimento das pústulas, as manchas cloróticas na superfície das folhas evoluem para extensas áreas necróticas. Nas infecções graves, os pecíolos também podem ser infectados. Provoca uma redução da atividade fotosintética dos ramos floridos afetados e reduz a aparência estética e portanto, o valor de mercado.

Ocorrência: No Brasil, sua ocorrência é citada nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Na América do Sul, ocorre na Argentina em híbridos comerciais de Alstroemeria spp.

Manejo
- Cuidados na irrigação por aspersão pois a mesma favorece a germinação dos urediniosporos;
- Remoção de plantas velhas ou muito infectadas visando diminuir a fonte de inóculo;
- Adotar um espaçamento que promova arejamento e boa circulação de ar entre plantas;
- Regas de preferência no solo, para evitar acúmulo de água em suas hastes, flores e folhas.

Referência consultada

C. ROLLÁN; S. WOLCAN; L. RONCO. First report of Uromyces alstroemeriae, causal agent of Alstroemeria rust in Argentina (Uromyces alstroemeriae (Diet.) P. Henn. Australasian Plant Pathology,�2005, v.34,�n.4, pp 595–597.

COUTINHO, L.N., RUSSOMANNO, O.M.R., FIGUEIREDO, M.B. (1999) Uromyces alstroemeriae uma severa e importante ferrugem da Alstroemeria spp. cultivada. Biológico 61, 23–26.

TOMBOLATO, A. F. C; UZZO, R.P.; JUNQUEIRA, A.H.; PEETZ, M.S.; STANCATO, G.C.; VAZ ALEXANDRE, M.A. Bulbosas ornamentais no Brasil, Revista Brasileira de Horticultura Ornamental, v. 16, n.2, p. 127-138, 2010.

YEPES, M.S; CARVALHO JÚNIOR, A.A. Uredinales (rust fungi) biota of the Parque Nacional do Itatiaia, Brazil: an analysis of composition, species diversity and altitudinal distribution. Caldasia, n.35, v.1, p.65-176. 2013.

Autor: Josiane Takassaki Ferrari, Ricardo J. Domingues, Jesus G. Töfoli, Instituto Biológico
E-mail: josiane.ferrari@sp.gov.br

 
Publicado em: 21/01/2019
Atualizado em: 21/01/2019
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