Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024
AltMV (Alternanthera mosaic virus )

Patógeno: Alternanthera mosaic virus (AltMV)

Hospedeiros: Helichrysum sp. (sempre-viva, flor-de-palha), Asteraceae e várias espécies ornamentais de diversas famílias

Etiologia: O Alternanthera mosaic virus (AltMV) é uma espécie definitiva pertencente ao gênero Potexvirus, da família Alphaflexiviridae.O genoma é constituído por RNA, fita simples de polaridade positiva, com cerca de 6.600 nucleotídeos e as partículas virais são flexuosas com cerca de 530 nm de comprimento. Como as demais espécies de potexvirus, os vírions infectivos ocorrem no extrato foliar em altas concentrações, são estáveis, e facilmente transmitidos por contato entre plantas, propagação vegetativa, além de mãos e ferramentas que tiveram contato com plantas infectadas.

Sintomas: Plantas de sempre-viva, naturalmente infectadas por AltMV, apresentam folhas com mosaico. O vírus pode ser identificado por transmissão mecânica em plantas indicadoras, testes sorológicos e moleculares, além de observação por meio de microscopia eletrônica de transmissão. Importância: O isolado de AltMV foi detectado, a partir de plantas de Helichrysum sp.,provenientes de São José do Rio Preto, SP. Não há informações sobre perdas na cultura.

Importância:  O isolado de AltMV foi detectado, a partir de plantas de Helichrysum sp., provenientes de São José do Rio Preto, SP. Não há informações sobre perdas na cultura.

Ocorrência: O AltMV foi descrito originalmente em plantas de Alternanthera pungens, em Queensland, Austrália, em 1999. Posteriormente, outras espécies ornamentais foram relatadas como hospedeiras: Scutellaria sp., Crossandra infundibuliformes, Angelonia angustifolia, Portulaca grandiflora, Phlox stolonifera, Torenia fournieri, Helichrysum sp., Salvia splendens e Nandina domestica, entre outras. O AltMV foi relatado na Itália (2004), nos Estados Unidos da América (2005, 2006, 2008 e 2011) e no Brasil em 2008.

Manejo: O AltMV infecta a sempre-viva sistemicamente e, alguns isolados mantém a infectividade no extrato da planta, armazenado a temperatura ambiente, por vários meses. Deste modo, devido à grande estabilidade e fácil transmissão do vírus, recomenda-se eliminar (incinerar) as plantas infectadas e as daninhas que crescem junto à cultura porque podem ser hospedeiras do vírus. Recomenda-se também a desinfecção de ferramentas, vasos, substratos e higienização das mãos com água e sabão durante os tratos culturais. Pesquisas recentes mostraram que a desinfecção de ferramentas pode ser feita mergulhando-as em extrato, preparado a partir de folhas de Mirabilis jalapa (maravilha) e água, na proporção de 1:10 (g:mL) acrescido de “Tween 20” (detergente) a 0,01%.

Referência consultada

DONCHENKO, E.; TRIFONOVA, E. ;NIKITIN, N.; ATABEKOV, J. ; KARPOVA, O. Alternanthera mosaic potexvirus: several features, properties, and application. Advances in virology. Volume 2018, Article ID 1973705, https://doi.org/10.1155/2018/1973705

DUARTE, L. M. L.& ALEXANDRE, M. A. V. Principais vírus em plantas ornamentais e medidas de controle. In: Alexandre, M. A. V.; Duarte, L. M. L.; Campos, A. E. C. Plantas ornamentais: doenças e pragas. Editora Devir, 2a Ed. 2017. P.83-169.

DUARTE, L.M.L.; TOSCANO, A.N.; ALEXANDRE, M.A.V.; RIVAS, E.B.; HARAKAVA, R. Identificação e controle do Alternanthera mosaic virus isolado de Torenia sp. (Scrophulariaceae). Rev Bras. Hort. Ornamental, 14: 65-72, 2008.

Autores: M. Amélia V. Alexandre; Ligia M. L. Duarte, Instituto Biológico
E-mail: maria.alexand@sp.gov.br

 
Publicado em: 20/02/2019
Atualizado em: 20/02/2019
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