Sexta-Feira, 29 de Março de 2024
Feijão (Phaseolus vulgaris)

Nome científico: Acanthoscelides obtectus (Say, 1831) (Coleoptera, Chrysomelidae, Bruchinae)

Nome popular: Caruncho do feijão.

Hospedeiros: feijão (Phaseolus vulgaris, Vigna sp. e outras Fabaceae).

Os grãos cereais e leguminosas são à base da alimentação humana e precisam ser bem guardados de acordo com uma programação no manejo e utilização de sistemas e medidas de proteção e preservação adequados para cada caso, visando a conservação de qualidade e quantidade do produto armazenado até serem consumidos.
Os grãos alimentícios e sementes no armazenamento fazem parte de um ecossistema, compostos por elementos biótipos (insetos, fungos, bactérias, leveduras etc.) e abióticos (temperatura, umidade, pressão etc.) que interagem. O controle desse ecossistema é imprescindível na preservação da qualidade dos grãos e sementes após a colheita.
A temperatura e a umidade dos grãos podem e devem ser controladas durante o armazenamento para evitar a ação perniciosa dos elementos bióticos, com a finalidade de preservar a qualidade dos grãos e sementes, que após a colheita são colocados nesse ecossistema estando sujeitos à ação dos agentes bióticos. Provavelmente originário das regiões equatoriais da América Latina, Acanthoscelides obtectus se espalhou pelo mundo onde se cultiva feijão (Phaseolus vulgaris e outras Fabáceas, inclusive Vigna sp.). A infestação ocorre no armazenamento ou no campo, através da postura feita pelas fêmeas nas vagens.

Descrição: o adulto apresenta a forma oval, cor parda escura, com asas anteriores (élitros) que não cobrem todo o abdome. Os adultos medem de 2 a 4 mm de comprimento (Figs. 01 e 02). As condições ideais para o desenvolvimento da praga são de 30ºC e 70% a 80% de Umidade Relativa, tendo ciclo biológico de ovo a adulto de 27,5 dias e longevidade do adulto de 11,8 dias.
As fêmeas, maiores que os machos, colocam seus ovos elípticos e de coloração branca, espalhados entre as sementes ou em fendas nas vagens em desenvolvimento. São postos isoladamente ou em grupos, em média 60 ovos por fêmea. Após a eclosão, as larvas de coloração branca leitosa, penetram nas sementes, onde se alimentam e se desenvolvem, transformando-se em pupas em uma câmara junto à superfície.
Os danos são provocados somente pelas larvas que consomem parte das sementes, conferindo-lhes um sabor desagradável (Figs. 03 e 04). Além da depreciação comercial para o consumo alimentar, compromete a viabilidade na germinação.

Referência consultada

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Autores: Francisco José Zorzenon, Marcos Roberto Potenza, CPSV, Instituto Biológico
E-mail: francisco.zorzenon@sp.gov.br

 
Publicado em: 15/06/2020
Atualizado em: 15/06/2020
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