Hospedeiros: Morangueiro (Fragaria sp.), mamoeiro (Carica papaya), pessegueiro (Prunus persica), algodoeiro (Gossypium hirsutum), feijoeiro (Phaseolus vulgaris), tomateiro (Solanum lycopersicum), roseira (Rosa spp.), crisântemo (Dendranthema grandiflora). É descrita atacando mais de 150 culturas de importância econômica, dentre 1.200 espécies de plantas em 70 gêneros.

Descrição: Tetranychus urticae Koch (Acari: Tetranychidae), ácaro-rajado
Ovos – São esféricos e amarelados, com aproximadamente 0,15 mm. São depositados isoladamente entre os fios de teia.
Larva – A larva é incolor e translúcida, subesférica, com três pares de pernas e de tamanho aproximadamente igual ao do ovo. Sua coloração muda gradativamente à medida que se alimenta.
Protoninfa e deutoninfa – Possuem quatro pares de pernas. As fases de protoninfa e deutoninfa diferem entre si somente pelo tamanho.
Adulto – A fêmea mede cerca de 0,5 mm de comprimento. Possui coloração amarelo esverdeada com duas manchas escuras no dorso do corpo. O macho é menor e mais afilado (opistossoma afilado posteriormente), mede em torno de 0,3 mm de comprimento. Este ácaro forma colônias numerosas na face inferior das folhas, recobertas com apreciável quantidade de teia.

Danos: Os sintomas iniciais de ataque são áreas cloróticas nas folhas, entre as nervuras principais. Na página superior das folhas correspondente às lesões, surgem manchas avermelhados. Altas infestações podem causar descoloração de folhas, perda da capacidade fotossintética e eventualmente a morte (queda) das folhas.

Importância: O ácaro-rajado é considerado de grande importância econômica em todo o mundo. Tem causado consideráveis prejuízos em diversas culturas (morangueiro, mamoeiro, pessegueiro, algodoeiro, feijoeiro, tomateiro, pepineiro, macieira, roseira, crisântemo) no Brasil.

Ocorrência: Cosmopolita

Manejo: O controle químico ainda é a principal forma de controle. O uso frequente de acaricidas tem levado ao desenvolvimento de populações resistentes a diversos acaricidas no Brasil, principalmente em culturas com uso intensivo de agroquímicos (ex.: ornamentais e morangueiro). O uso de acaricidas seletivos em associação com liberações de ácaros predadores das espécies Neoseiulus californicus e/ou Phytoseiulus macropilis (Phytoseiidae) tem se mostrado promissor em culturas como morangueiro e pessegueiro. O controle baseado apenas em liberações de ácaros predadores pode ser eficiente desde que as liberações sejam feitas na época correta, em períodos de baixa infestação da praga. Fungos entomopatogênicos (ex.: Beauveria bassiana) podem ser utilizados no controle do ácaro-praga, sendo mais efetivos em condições de alta umidade, nos períodos chuvosos do ano.

Referência consultada

FADINI, M.A.M.; ALVARENGA, D. Pragas do morangueiro. Informe Agropecuário, 20 (198): 75-79, 1999.

MORAES, G.J. DE; FLECHTMANN, C.H.W. Manual de Acarologia. Acarologia Básica e Ácaros de Plantas Cultivadas no Brasil. Ribeirão Preto: Holos Editora, 308p, 2008.

NICASTRO, R.L.; SATO, M.E.; SILVA, M.Z. DA. Milbemectin resistance in Tetranychus urticae (Acari: Tetranychidae): selection, stability and cross-resistance to abamectin. Experimental and Applied Acarology 50 (3): 231-241, 2010.

SATO, M.E. et al. Management of Tetranychus urticae (Acari: Tetranychidae) in strawberry fields with Neoseiulus californicus (Acari: Phytoseiidae) and acaricides. Experimental and Applied Acarology,42 (2): 107-120, 2007.

ZHANG, Z.Q. Mites in greenhouse: identification, biology and control. Cambridge: CABI Publishing, 244 p, 2003.