Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024
Oídio (Erysiphe polygoni )

Nome comum: Oídio 
Nome científico: Erysiphe polygoni DC. 1821.

Hospedeiro: Hortência (Hydrangea macrophylla (Thunb.) Ser. 1830).

Etiologia: Erysiphe polygoni DC. 1821 (Ascomycetes, Erysiphales)
Sinonímia: Ischnochaeta polygoni (DC.), Microsphaera polygoni (DC.), Erysiphe communis f. fagopyri Jacz., Oidium muehlenbeckiae N. Ahmad, A.K. Sarboy, Kamal & D.K. Agarwal , Erysiphe polygoni f. muehlenbeckiae O. Savul. & Tud.-Ban.

O oídio causado pelo fungo Erysiphe polygoni é uma das principais doenças foliares que atacam a hortênsia. E. polygoni possui hifas claras (semelhantes a fios) que podem ser observadas com auxílio de uma lente de bolso.
O fungo sobrevive sob a forma de esporos ou hifas fúngicas durante o inverno nos brotos e desenvolve-se assim que as primeiras folhas aparecem. Ocorre então a disseminação dos esporos para novas partes da planta, formados na superfície. A adubação nitrogenada em excesso, favorece a expansão do fungo. Dias quentes e as noites frias favorecem o aparecimento do oídio, bem como a baixa umidade do ar e plantas com falta de água são mais suscetíveis ao ataque de oídio.
Os conídios são disseminados principalmente pelo vento. Tempo seco, presença de orvalho e temperatura entre 21 a 27 °C favorecem o seu desenvolvimento.

Sintomas: Os sinais típicos do oídio se manifestam sob a forma de manchas brancas (pó branco) com aparência pulverulenta na superfície da folha. O fungo pode infectar os brotos em desenvolvimento e impedir o crescimento. Manchas amarelas ou roxas podem ser vistas em áreas infectadas com E. polygoni, principalmente no lado superior das folhas. Sob condições severas, o fungo cobre completamente a superfície da planta e pode levar à atrofia da planta, à descoloração geral e seca da planta.

Ocorrência:É um fungo cosmopolita que ocorre em vários países e no Brasil em diferentes espécies além da hortênsia, como cajueiro, brássicas, feijão, feijão-vagem, grão de bico

Manejo
- Retirar as folhas mortas e caídas, visando diminuir a fonte de inóculo;

- Evitar o excesso de adubação nitrogenada;

- Não existem produtos químicos registrados para o controle desta doença no cultivo de hortênsia.

Referência consultada

ALEXANDRE, M.A.V; DUARTE, L.M.L.; CAMPOS, A.E.C. (ed). Plantas Ornamentais: doenças e pragas. 2ª edição, São Paulo, Brasil. 2017. 599p.

BAYSAL-GUREL, F.; KABIR, M.D. N.; ADAM BLALOCK. Otis L. Floyd Foliar Diseases of Hydrangeas, Nursery Research Center College of Agriculture, Human and Natural Sciences Tennessee State University. 7 p. 2016. Disponível em www.tnstate.edu/.../ Foliar%20diseases%20of%20Hydrangea%20FBG%20022916%20G1.pdf

CLINE, E. Erysiphe polygoni. U.S. National Fungus Collections, ARS, USDA. Acesso em June 26, 2020, Dispnonível em: sbmlweb/OnlineResources/FungiOnline.cfm
Acesso: 23/06/2020 C.T.

WANG et al. First record of the powdery mildew fungus Erysiphe polygoni on the introduced coral vine Antigonon leptopus (Polygonaceae) in Taiwan. Plant Pathology & Quarantine 9(1), 160–165, 2019. Doi 10.5943/ppq/9/1/14


Autores: Josiane Takassaki Ferrari, Jesus G. Töfoli; Ricardo J Domingues, LDFH, CPSV, Instituto Biológico
E-mail: josiane.ferrari@sp.gov.br

 
Publicado em: 26/06/2020
Atualizado em: 26/06/2020
Clique na imagem para ampliar
  Instituto Biológico
  Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, 1252
  Vila Mariana - - CEP 04014-002- São Paulo - SP - Brasil
  (11) 5087-1700
                                                                                                         Número de visitas:
                                                                                                                   12.335