Sábado, 27 de Abril de 2024
Pelargonium flower break virus = PFBV (Alphacarmovirus pelargonii)

Autores: M. Amelia V. Alexandre & Ligia M. L. Duarte. Laboratório de Fitovirologia e Fisiopatologia, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Vegetal, Instituto Biológico.


Etiologia: Pelargonium flower break virus (PFBV), atualmente denominado Alphacarmovirus pelargonii é classificado pelo ICTV no gênero Alphacarmovirus, família Tombusviridae. O vírus possui partículas isométricas, com 28 - 30 nm de diâmetro. Seu genoma é constituído por um segmento de RNA, com cerca de 4 Kb, fita simples, senso positivo (ssRNA) e 5 ORFs. O modo principal de dispersão do PFBV é por propagação vegetativa e transmissão mecânica, podendo ser também por sistemas de irrigação e por tripes.


Sintomas: Os sintomas mais comuns são mosqueado e manchas cloróticas nas folhas e quebra de coloração em flores, contudo podem variar de acordo com a variedade e condições ambientais.


Importância: Diversos vírus infectam gerânios, porém o PFBV é o mais importante relatado mundialmente em diferentes espécies e híbridos. No Brasil, foi relatado pela primeira vez em Piracicaba (SP) em 2023.


Ocorrência: O vírus foi descrito primeiramente na Inglaterra em P. domesticum (1975) e, posteriormente no Reino Unido, Dinamarca, Espanha, Alemanha, Holanda, Itália, República Tcheca, Kenya, Israel, USA, Rússia e China. Os dados disponíveis, até o momento, sugerem que a ocorrência desse vírus, no Brasil, esteja restrita a São Paulo e ao Rio Grande do Sul.


Manejo: o PFBV é transmitido principalmente por propagação vegetativa, por meio de estacas infectadas. Pode ser transmitido por enxertia, tratos culturais e por tripes. Portanto, é fundamental o uso de mudas livres de vírus, a desinfecção de instrumentos de poda e o controle do vetor. Na literatura, há relatos de tratamento por termoterapia (aquecimento a 35 °C), entretanto este método não é muito eficiente por causar estresse nas plantas. A utilização de material propagativo livre de vírus é recomendada.


Referências consultadas:

BELLO, V.H; KITAJIMA, E.W.; REZENDE, J.A.M. Natural occurrence of pelargonium flower break virus infecting Pelargonium zonale plants in South America. J. Phytopath. 2024;172:e13276. https://doi.org/10.1111/jph.13276

FRANCK, A.; LOEBENSTEIN, G. Virus and virus-like diseases of bulb and flower crops. FRANCK, A.; LOEBENSTEIN, G. BRUNT A.A. (ed.) Wiley, Chichester, 1995. p. 514-527.

RICO, P.; HERNÁNDEZ, C. Complete nucleotide sequence and genome organization of Pelargonium flower break vírus. Arch Virol 2004, 149: 641–651 DOI 10.1007/s00705-003-0231-5

RICO, P.; IVARS, P.; ELENA, S.F.; HERNÁNDEZ, C. Insights into the Selective Pressures Restricting Pelargonium Flower Break Virus Genome Variability: Evidence for Host Adaptation. J Virol 2006, 80: 8124 – 8132. https://doi.org/10.1128/JVI.00603-06

WEI, M.S.; LI, G.F.; MA, J.; KONG J. First Report of Pelargonium flower break virus Infecting Pelargonium Plants in China. Published Online: 29 May 2015https://doi.org/10.1094/PDIS-11-14-1128-PDN


Como citar:

ALEXANDRE, M.A.V.; DUARTE, L.M.L. Alphacarmovirus pelargonii em gerânio. In: Instituto Biológico. Guia de Sanidade Vegetal. Disponível em: https://www.sica.bio.br/guiabiologico/busca_culturas_resultado_ok.php?Id=259&Vlt=2. Acesso em: dia. mês (abreviado).ano.

Palavras-chave: Alphacarmovirus, Tombusviridae, Pelargonium, planta ornamental


 
Publicado em: 08/03/2024
Atualizado em: 08/03/2024
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