Quinta-Feira, 18 de Abril de 2024
Ferrugem (Olivea tectonae)

Nome científico: Olivea tectonae T.S. Ramakr. & K. Ramakr.) Thirum. 1949

Nome comum: Ferrugem da Teca (Tectona grandis Linn F.)

Parte vegetal afetada: folhas

Etiologia: A ferrugem da teca é causada pelo fungo Olivea tectonae (Ordem: Uredinales, Família: Chaconiaceae). Uredios hipófilos, pulverulentos, subepidermais,paráfises cilíndricas, curvas, proeminente no ápice. Os urediniosporos são unicelulares ovalados, elipsóides, arredondados e equinulados hialinos a amarelados. O.tectonae é uma ferrugem autoécia, isto é, só se desenvolve em um único hospedeiro e o seu ciclo de vida não é conhecido.

Sinonímia: Chaconia tectonae - T.S. Ramakr. & K. Ramakr.; Uredo tectonae Racib.

Sintomas: O fungo desenvolve manchas de coloração amarela e marrom em plantas de viveiro até plantas adultas. Nos viveiros, a doença manifesta-se nos cotilédones sob a forma de pequenos pontos cloróticos, onde se observam no lado de baixo da folha, pústulas contendo uredosporos. Em plantas jovens com menos de 2 metros de altura, os sintomas prevalecem nas folhas mais baixas. Nas plantas adultas o sintoma prevalece nas folhas mais velhas. As manchas cloróticas podem evoluir para necróticas até queima generalizada. O fungo é disseminado pelo vento nos períodos secos e requer precipitação para seu estabelecimento dentro da cultura.

Ocorrência: Além dos estado do Mato Grosso, e Rio de Janeiro no Brasil, este fungo que era restrito apenas a alguns países da Ásia (Bangladesh, Índia, Indonésia, Mianmar, Filipinas, Sri Lanka, Taiwan, Tailândia, Vietnan), vem se dispersando rapidamente pelo mundo. No Continente americano, em novembro de 2003, ocorreu o primeiro relato no Panamá, seguido por Costa Rica em janeiro de 2004, setembro no Equador e em dezembro, foi detectado no México. No ano de 2005 foi registrado na Colômbia, e em Cuba no mês de novembro de 2006. Na Austrália, foi relatado em junho de 2006.

Manejo: Existem poucos estudos em relação ao controle dessa doença. Primeiramente, recomenda-se inspeção dos viveiros de produção de mudas e erradição das que apresentarem sintomas.

Referência consultada

ARGUEDAS, M. La roya de La teça Olivea tectonae (Rac.): consideraciones sobre su presencia em Panamá y Costa Rica. Revista Forestal Kuru, v.1, nº1, 2004 (Nota Técnica).
CÉSPEDES, P.B; YEPES, M.S. Nuevos registros de royas (uredinales) potencialmente importantes en Colombia. Rev.Fac.Nal.Agr.Medellín. v.60, n. 1.p.3645-3655, 2007.
DALY, A.M.et al. First record of teak leaf rust (Olivea tectonae) in Austrália. Australasian Plant Disease Notes, 2006, 1, 25–26.
DÍAZ, L.M. Prevalencia de roya de la teca (Olivea tectonae Rac.) em Costa Rica C.A. Montecillo, Mexico (Dissertação de Mestrado) 58 p. Disponível: http://ns1.oirsa.org.sv/aplicaciones/subidoarchivos/BibliotecaVirtual/CostaRicaMatarrita.pdf
PÉREZ,M.; LÓPEZ, M.O.; MARTÍ, O. Olivea tectonae, leaf rust of teak, occurs in Cuba. New Diseases reporter. Volume 17: Feb 2008 to Jul 2008. Disponível: http://www.bspp.org.uk/publications/new-disease-reports/ndr.php?id=017032

Autor: Josiane Takassaki Ferrari, Instituto Biológico
E-mail: josiane.ferrari@sp.gov.br

 
Publicado em: 21/01/2016
Atualizado em: 07/03/2016
Clique na imagem para ampliar
  Instituto Biológico
  Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, 1252
  Vila Mariana - - CEP 04014-002- São Paulo - SP - Brasil
  (11) 5087-1700
                                                                                                         Número de visitas:
                                                                                                                   12.160