Agente Causal: Puccinia melanocephala Syd. & P. Syd. 1907.
Etiologia: P.melanocephala produz uredosporos marrom-escuros, ovóides a elipsóides, densamente equinulados, com 4 a 5 poros germinativos equatoriais. Os teliósporos podem se formar isoladamente ou em pústulas urediniais. São clavados, bicelulares, com a célula distal dilatada, parede espessa e ligeiramente constritos no septo. São lisos, marrom-escuros, com a célula basal mais clara, pedicelada.
O fungo P. melanocephala é um parasita obrigatório. A germinação dos urediniósporos é favorecida pela presença de água na superfície da folha e temperaturas moderadas. Os esporos necessitam de mais de 8 horas de água livre na superfície da folha para infectar, enquanto que as temperaturas ótimas para a germinação são entre 20 e 25ºC.
A suscetibilidade do hospedeiro varia segundo o estado de desenvolvimento, sendo maior entre 2 e 6 meses.
Hospedeiros: cana-de-açúcar (Saccharum officinarum ), Saccharum robustum, Saccharum narenga, Saccharum spontaneu, S. rufipilum, S. ravennae, Sinarundinaria spp., Sorghum spp.,Bambusa vulgaris, Bambusa spp., Eulalia fastigiata, Miscanthus floridulus, M. sacchariflorus, M. sinensis, Miscanthus spp., Phyllostachys aurea, P. bambusoides, P. glauca, P. nigra var. henonis,.veridade da doença.
Sintomas: o fungo provoca a formação de pústulas na página inferior das folhas, são amareladas a marrom-escuro, medem de 2 a 7 mm de comprimento por 1mm de largura. Em variedades muito suscetíveis, as pústulas agrupam-se formando placas de tecido necrosado. Plantas muito atacada têm crescimento retardado com folhas queimadas e sem brilho.
Ocorrência: ocorre em todas as áreas cultivadas com cana de açúcar
Manejo: apesar de o controle químico ser a principal ferramenta usada pelos produtores rurais, o controle cultural também auxilia nos processos de produção da cana-de-açúcar. Os principais aspectos a serem relacionados são: o bom preparo do solo, o histórico da área a ser plantada visando o melhor manejo a ser implantado, a época do plantio,controle das plantas daninhas
Referência consultada
KIMATI, H.; AMORIM, L.; REZENDE, J.A.M.; BERGAMIN FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A. Manual de fitopatologia: Doenças das plantas cultivadas: 4ª Ed. Vol. 2, p.189 - São Paulo: Editora Agronômica Ceres Ltda, 2005.
Autor: Josiane Takassaki Ferrari, Instituto Biológico
E-mail: josiane.ferrari@sp.gov.br