Autores:
Josiane
T. Ferrari; Jesus G. Töfoli; Ricardo J. Domingues, LDFH, CPDSV,
Instituto Biológico
E-mail:
ricardo.domingues@sp.gov.br
Hospedeiro:
Abacaxi (Ananas
comosus
L. Merril)
Agente
causal:
Ceratocystis
paradoxa (Thielaviopsis
paradoxa)
(De
Seynes) Höhn
Etiologia:
A podridão negra do fruto do abacaxi é causada pelo
fungo Thielaviopsis
paradoxa,
em sua fase imperfeita ou assexual. Na fase sexual ou perfeita é
chamado de Ceratocystis
paradoxa (Dade)
C. Moreau, (1952) (Ascomycetes, Microascales, família
Ophiostomatacea), raramente encontrado na natureza.
A principal
porta de entrada do fungo é o pedúnculo, resultante do processo da
colheita. Em sua fase imperfeita, o fungo produz conidióforos em
forma de clava (fiálides) geralmente pigmentados, com 3 a 4 septos,
eretos, hialinos, longos e afilados. As fiálides terminais são mais
largas próximas à base, onde são formados os endoconídios
hialinos, cilíndricos, inicialmente em cadeias. Os aleuriosporos
formam-se em cadeia, com forma elíptica, escuros de tamanhos 3 a 4
vezes maior que os conídios, sendo produzidos no interior de
conidióforos curtos.
Sintomas:
A
contaminação pelo corte da colheita provoca o desenvolvimento de
uma lesão de coloração amarela, em formato de cone, enquanto a
infecção por ferimentos na superfície dos frutos resulta em uma
lesão que progride em direção ao eixo central. O sintoma
característico é o apodrecimento e escurecimento da polpa.
Importância
econômica:
É uma doença que provoca perdas em frutos de abacaxi no período
entre a colheita e o processamento e pode ser responsável por
prejuízos elevados, tanto em frutos para consumo in natura, quanto
naqueles destinados à indústria de processamento.
Distribuição:
Está presente em todas as regiões produtoras do mundo e, no Brasil,
em todos os estados produtores da fruta.
Manejo
da doença
-
Colher
os frutos com uma parte do pedúnculo (aproximadamente 3 cm);
-
Evitar ferimentos na superfície dos frutos, manuseando-os com
cuidado tanto na colheita quanto na pós-colheita;
-
Armazenar e transportar os frutos a temperaturas entre 8 a 10°C;
-
Proteger o ferimento resultante do corte na colheita com fungicidas
registrados, pincelando o pedúnculo do fruto com o produto, sem
esquecer de verificar o período de carência;
-
Eliminar restos culturais nas proximidades das áreas onde os frutos
são processados, para reduzir a fonte de inóculo- Remover as mudas
tipo filhote;
-
Evitar a colheita em períodos prolongados de chuva que resulta em
altos percentuais de frutos infectados;
-
Realizar tratamento hidrotérmico, 54º C por três minutos, que
também mostra eficiência no controle da podridão negra do fruto.
Referências
CLINE,
E. Ceratocystis
paradoxa and
Thielaviopsis
thielavioides.
Systematic Mycology and Microbiology Laboratory, ARS, USDA.
Disponível em:
http://nt.ars-grin.gov/sbmlweb/onlineresources/nomenfactsheets/rptBuildFactSheet_onLine.cfm?thisName=Ceratocystis%20paradoxa%20and%20Thielaviopsis%20thielavioides¤tDS=specimens.
MATOS,
A.P. DE. Abacaxi – Fitossanidade. Cruz das Almas: Embrapa-CNPMF.
2000. 77p. (Série
Frutas do Brasil, 9).
MATOS, A.P. DE. Manejo integrado da podridão-negra do fruto do
abacaxizeiro. Cruz das Almas: Embrapa-CNPMF. 2005. 2p. Abacaxi em
Foco, n.34.
PAULIN-MAHADY, A.E.; HARRINGTON, T.C.; MCNEW,
D.L. Phylogenetic and taxonomic evaluation of Chalara, Chalaropsis,
and Thielaviopsis
anamorphs
associated with Ceratocystis. Mycologia,
v.94, n.1, p.62-72, 2002. Disponível:
http://www.mycologia.org/cgi/content/abstract/94/1/62.
Palavras-chaves:
Pineapple, Ananas comosus, Ceratocystis paradoxa
Como
citar:
FERRARI,
J. T.; TÖFOLI, J. G.; DOMINGUES, R.J. Pineapple (Ananas
comosus):
Black rot: Ceratocystis
paradoxa (Thielaviopsis
paradoxa)
(De Seynes) Höhn. In: Instituto Biológico. Guia de Sanidade
Vegetal. Available at:
http://www.sica.bio.br/guiabiologico/busca_culturas_resultado_ing_ok.php?Id=40. Accessed
on: month day, year