Hospedeiro: maracujazeiro (Passiflora edulis Sims)
Etiologia
Agente causal: Colletotrichum gloeosporioides Penz (Glomerella cingulata)
Nome comum: Antracnose.
O que caracteriza o fungo Colletotrichum gloeosporioides é a formação de estruturas denominadas de acérvulos subepidérmicos, dispostos em círculos, com conídios hialinos e unicelulares produzidos dentro dos acérvulos.
Sintomas: Os sintomas aparecem em toda parte aérea da planta. Nas folhas iniciam-se com o aparecimento de manchas com aspecto aquoso ou oleoso e com tonalidade mais intensa que o verde normal da folha, essa coloração então passa para um tom mais claro, dando a impressão de “derretida ou queimada". Mais tarde, essas manchas mudam a coloração para pardacentas, tomando grande parte da folha, que posteriormente caem dos ramos resultando em um desfolhamento da planta. A infecção nos ramos, começa com manchas oleosas, evoluindo para uma necrose alongada que se aprofunda, chegando comprometer a circunferência do ramo, resultando na seca do ponteiro. Nos frutos a doença se apresenta na forma de grandes manchas de aspecto oleoso que evolui e toma cor pardacenta, formando uma placa corticosa, deprimida e murcha quando em frutos novos, quando em frutos maduros, essas manchas transformam-se em necrose onde pode ser observadas frutificações do fungo de coloração castanho escura.
Importância: Por reduzir o período de conservação dos frutos, é considerada a doença de pós-colheita mais importante nesta cultura. Torna-se de maior importância, por ser de difícil controle, quando as condições climáticas são favoráveis.
Ocorrência: A antracnose é encontrada em todas as regiões produtoras de maracujá no Brasil.
Manejo:
• Utilizar sementes e mudas sadias oriundas de sementeiras livres da doença;
• Eliminar através de poda de limpeza as partes afetadas, enterrar cultivo esse material, para evitar sua propagação;
• Pulverizar com fungicidas registrados para essa cultura;
• Após a colheita, não deixar os frutos amontoados, pois a umidade e o calor favorecem o surgimento do fungo provocando a decomposição da polpa no período de armazenamento.
Referência consultada
FISCHER, I.H. et al.(Eds.) Manual de Fitopatologia: doenças das plantas cultivadas. 4. ed. São Paulo: Agronômica Ceres, 2005. v.2, p.467-474.
NOGUEIRA, E. M. DE C.; FERRARI, J. T. Boletim Técnico. Instituto Biológico. n.14 (mar. 2006). São Paulo: Instituto Biológico, 1995-. p.3-14
Autor: Ieda Mascarenhas Louzeiro Terçariol, Instituto Biológico
E-mail: ieda.mascarenhas@sp.gov.br