Hospedeiro: Hylocereus undatus (Haw.) Britton & Rose (rainha da noite, pitaya vermelha), Família Cactaceae
Agente causal: infecção mista por Schlumbergera virus X (SchVX) e Zygocatus virus X (ZyVX), gênero Potexvirus, família Alphaflexiviridae.
Etiologia: SchVX e ZyVX foram descritos, pela primeira vez, na Alemanha. No Brasil, a infeção mista causada pelos vírus foi relatada por pesquisadores do LFF, do Instituto Biológico, em 2005. São espécies definitivas pertencentes ao gênero Potexvirus, família Alphaflexiviridae e têm como principais características um RNA de fita simples, 5 ORFs no genoma, morfologia alongado-flexuosa, com 470 a 580 nm de comprimento.
Sintomas: Discretas manchas cloróticas nos cladódios de Hylocereus undatus.
Importância: No Brasil, só havia relato da ocorrência do Cactus virus X - CVX (Potexvirus) em espécies de Cactaceae. Em 2005, pesquisadores do Instituto Biológico, São Paulo, ao pesquisarem a ocorrência do CVX em algumas espécies de cacto, relataram pela primeira vez a ocorrência de infeção mista causada por Schlumbergera virus X e Zygocatus virus X. São espécies definitivas pertencentes ao gênero Potexvirus, família Alphaflexiviridae e são caracterizados principalmente pela presença de um RNA de fita simples, 5 ORFs no genoma e morfologia alongado-flexuosa, com 470 a 580 nm de comprimento. Possuem um círculo de hospedeiras restrito a espécies de Cactaceae.
Ocorrência: Plantas provenientes do mercado de flores, em São Paulo. O SchVX e ZyVX já foram descritos em plantas assintomáticas de Opuntia cochenillifera, em Pernambuco.
Manejo: Hylocereus undatus, além de ser cultivado como ornamental, vem ganhando importância devido à comercialização de seus frutos, conhecidos como pitaia. Além disso, é bastante utilizado como porta-enxerto para outras espécies de Cactaceae, facilitando a propagação dos vírus. Entretanto, embora os potexvírus causem sintomas, aparentemente, não induzem perdas econômicas.
Referência consultada
ALEXANDRE, M.A.V. et al.(Eds.). Lista comentada sobre a ocorrência natural de vírus em plantas ornamentais no Brasil. São Paulo: Instituto Biológico, 2005. 55p.
DUARTE, L.M.L. et al. Potexvirus diversity in Cactaceae from São Paulo in Brazil. Journal of Plant Pathology, v.90, p.545-551, 2008.
ICTV. International Committee on Taxonomy of Viruses. 2014. Disponível em http://www.ictvonline.org/virusTaxonomy.asp?bhcp=1
KOENIG, R. et al. Molecular characterisation of potexvirus isolated from three different genera in the family Cactaceae. Archives of Virology, v.149, p.903-914, 2004.
LAMAS, N.S. et al. Genome sequencing of two potexvirus infecting prickly pear (Opuntia cochenillifera). Virus Reviews and Research, 19: 217, 2014.
Autor: Lígia Maria Lembo Duarte & Maria Amélia Vaz Alexandre, CPSV, Instituto Biológico
E-mail: ligia.duarte@sp.gov.br