Quarta-Feira, 24 de Abril de 2024
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PNRSV (Prunus necrotic ringspot virus)

Hospedeiro principal: Rosa sp. (rosa)

Agente causal: Prunus necrotic ringspot virus (PNRSV), gênero Ilarvirus, família Bromoviridae.

Etiologia: O PNRSV, sozinho ou associado ao Apple mosaic virus, é principal vírus causador da doença complexa conhecida como “mosaico da roseira". Pertence ao gênero Ilarvirus, da família Bromoviridae, constituído por vírus de RNA, fita simples, senso positivo, partículas com morfologia isométrica a baciliforme, com cerca de 30 nm de diâmetro.

Sintomas: A intensidade de sintomas (drásticos a imperceptíveis) varia de acordo com a cultivar da roseira, fotoperíodo e condições do solo. Mosaico, anéis, desenhos cloróticos/necróticos, deformação foliar e flores com quebra de coloração são os sintomas mais comuns. O PNRSV, apesar de muitas vezes não induzir sintomas visíveis, pode diminuir o vigor da planta, retardar o florescimento e reduzir o número e tamanho das flores.

Importância: O vírus causa grandes prejuízos à produção de frutíferas da família Rosaceae, como ameixeira (Prunus domestica), cerejeira (P. avium), pessegueiro (P. persicae) e macieira (Malus domestica), além da roseira.

Ocorrência: O PNRSV ocorre no mundo todo, já tendo sido relatado em países da Europa, Ásia, África, Américas e Oceania, e provavelmente em todos os locais onde houver plantações de Prunus ou Rosa.

Manejo: A disseminação do vírus ocorre por propagação vegetativa. Estacas e gemas de roseiras infectadas produzirão plantas infectadas, mesmo que os sintomas não apareçam no primeiro ano. A disseminação pode ser feita também pelo pólen e por meio de contato entre as raízes. Transmissão por nematoides também tem sido relatada, mas o significado biológico ainda não está claro. Portanto, é aconselhável o uso de material propagativo certificado e a eliminação de fontes de infecção.

Referência consultada

ALEXANDRE, M.A.V.; DUARTE, L.M.L.; CAMPOS-FARINHA, A.E.C. (Eds.). Plantas Ornamentais: Doenças e Pragas. São Paulo: Instituto Biológico, 2008. v.I. 319p.

IMENES, S.L.D.; ALEXANDRE, M.A.V. (Eds.). Aspectos fitossanitários da roseira. São Paulo: Instituto Biológico, 2003. 56p.

FAUQUET, C.M.et al. (Eds.). Virus taxonomy. Eighth report of the International Committee on Taxonomy of Viruses. San Diego: Elsevier Academic Press, 2005. 1259p.

HULL, R. (Ed.). Matthews’ Plant Virology. San Diego: Elsevier Academic Press, 2002. 1001p.

LOEBENSTEIN, G. Rose. In: LOEBENSTEIN, G.; LAWSON, R.H.; BRUNT, A.A. (Eds.). Virus and virus-like diseases of bulb and flower crops. Chichester: John Wiley & Sons, 1995. p. 426-437.

Autor: Maria Amélia V. Alexandre, Instituto Biológico
E-mail: maria.alexandre@sp.gov.br

 
Publicado em: 16/04/2014
Atualizado em: 16/04/2014
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