Hospedeiro: Banana (Musa spp.)
Agente Causal: Cordana musae (Zimm.) Höhnel (1923)
Sinonímia: Sclerotium musae Zimm., Scolicotrichum musae Zimm.
Sintomas: o fungo manifesta-se pela formação de manchas mais ou menos ovaladas com anéis concêntricos de cor pardo claro, que se estendem paralelas às nervuras secundárias, podendo alcançar até 6 cm, bordos definidos com halo de cor amarelo intenso. As manchas geralmente coalescem, adquirindo forma irregular, tomando quase toda a folha.
Importância econômica: É uma doença de importância secundária, geralmente associada à Sigatoka Amarela e Sigatoka Negra; no entanto, pode aparecer isolada quando a planta encontra-se sob estresse. Os danos são maiores nas folhas mais baixas e mais velhas da planta, principalmente, durante o período chuvoso.
Epidemiologia: a produção de esporos do fungo ocorre principalmente, pelo orvalho ou a chuva durante a noite. Os esporos germinam em oito horas e penetram em tecidos sadios ou lesionados. A área lesionada fica rodeada por uma margem de cor escura a amarelo. Os tecidos sadios produzem barreiras após a infecção, por isso que C. musae é considerado um parasita de ferimentos ou de tecidos debilitados nutricionalmente.
Ocorrência: generalizada nos trópicos
Manejo: Em plantações onde ocorrem as Sigatokas Amarela e Negra e o manejo dessas doenças é realizado, raramente ocorre a Mancha de Cordana. No entanto, caso ocorra, o mais recomendado é o controle das Sigatokas, tratos culturais de desfolha e adubações balanceadas.
Referência consultada
FERRARI, J.T.; NOGUEIRA, E.M. DE C. Principais doenças fúngicas da bananeira. In: Bananicultura - Manejo Fitossanitário e Aspectos Econômicos e Sociais da Cultura. São Paulo: 2013. 243 p. Cap. 3. Disponível em: http://www.biologico.sp.gov.br/livro_bananicultura.php.
STOVER, R.H. Banana plantain and abaca diseases. Commonwealth Mycological Institute, 1972. 316p.
Autor: Josiane Takassaki Ferrari, Instituto Biológico
E-mail: josiane.ferrari@sp.gov.br