Sábado, 20 de Abril de 2024
Olho pardo da batata (Cylindrocladium clavatum)

Etiologia: Cylindrocladium clavatum produz macroconidióforo com estipe septada hialina terminando em uma vesícula clavada e conídios cilíndricos hialinos e uniseptados com dimensões que variam de 37,6 a 47,9 X 3,4 a 5,6 µm. A doença é favorecida por temperaturas ao redor de 25°C e alta umidade. O processo infeccioso ocorre no campo, porém os sintomas, na maioria das vezes, são observados somente na pós-colheita. A associação do olho pardo com outros patógenos como Helminthosporium solani, Fusarium spp, Pectobacterium spp, Dikeya spp, pode causar perdas significativas no armazenamento e comercialização.

Sintomas: As lesões em tubérculos são irregulares, levemente depressivas e de coloração parda a negra. No centro dessas geralmente é mais claro e pode estar recoberto por conídios e conidióforos do fungo.  A doença pode ser intensificada pelo atraso na colleita.

Importância: A doença raramente interfere na produtividade, porém afeta se forma significativa o valor comercial dos tubérculos.

Ocorrência: No Brasil, o olho pardo ocorre principalmente em regiões de cerrado, sendo comum em áreas cultivadas anteriormente com soja, amendoim, ervilha e soja.

Manejo

• Plantio de sementes sadias.

• Evitar o plantio em área com histórico recente da doença.

• Rotação de culturas.

• Colher tubérculos com a pele firme.

• Evitar ferimento dos tubérculos durante a colheita e armazenamento.

• Eliminação e destruição de tubérculos doentes.

• Lavar e desinfestar caixas, equipamentos de lavagem e classificação.

• Promover condições adequadas de temperatura, umidade, circulação de ar e higiene durante o armazenamento de batata-semente e tubérculos.

Referência consultada

TÖFOLI, J.G. et al.Doenças fúngicas da cultura da batata. O Biológico, São Paulo, v.74, n.1, p.63-73, 2012.

DOMINGUES, R.J.; TOFOLI, J.G.; AZEVEDO FILHO, J.A.; FERRARI, J.T., Suscetibilidade de cultivares de batata ao olho pardo causado por Cylindrocladium clavatum. O Biológico, São Paulo, v.77, n.1, p.17-19, jan./jun., 2015.

Autor: Jesus G. Tofoli; Ricardo J. Domingues, Instituto Biológico
E-mail: jesus.tofoli@sp.gov.br

 
Publicado em: 08/03/2016
Atualizado em: 08/03/2016
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